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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mâncio Lima, AC


Mâncio Lima, AC

Hiram Reis e Silva, Cruzeiro do Sul, Acre, 11 de dezembro de 2012.

Mais uma vez contando com o apoio do Capitão Moura Comandante da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul fomos, desta feita, visitar a Aldeia Barão na Terra Indígena Poyanawas, Município de Mâncio Lima, AC. O Sd PM Magnos Clayton R. Costa foi um excelente guia, conhecedor da região e extremamente prestativo. Na Terra Indígena notamos uma saudável miscigenação e a existência de belos roçados que produzem, segundo os nativos, a melhor mandioca da Brasil.

Conheça um pouco da história e costumes do Povo Poyanawas através da excelente reportagem do repórter Leandro Altheman Lopes:

Dimanã Êwê Yubabu: Floresta, Casa de Todos Nós

Visitamos o local onde são realizados os “Jogos da Celebração”, que, normalmente duram cinco dias e contam com a participação de aproximadamente 400 indígenas, de quinze etnias do Estado com o objetivo de valorizar a diversidade cultural e de procurar repassar para a sociedade acreana o conhecimento ancestral de seus povos.

-  Histórico de Mâncio Lima

Mâncio Lima nasceu de um povoado denominado “Vila Japiim”, elevada em 1913 pelo Capitão Regos Barros. Japiim pássaro de plumagem preta e amarela muito comum na região do Vale do Juruá. (...) Só em 14 de maio de 1976 foi assinada a Lei nº 588, que elevou oficialmente Mâncio Lima a categoria de município. Mas, apenas em 30 de maio de 1977 – Mâncio Lima conquistou sua autonomia e emancipação com a posse do primeiro Prefeito.

O município está localizado às margens direitas do Paraná Japiim, perfazendo uma área de 5.451,1 Km2 que se estende a 30 Km da foz do Rio Moa, após aproximadamente um quilômetro de restinga, na região Norte do Brasil, extremo oeste da Amazônia e no ponto mais Ocidental do País. Limita-se com os municípios de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves e com a República do Peru. Está diretamente ligado aos dois municípios, pela BR 364, totalmente pavimentada, numa distância de 36 Km de Cruzeiro do Sul e aproximadamente 30 Km de Rodrigues Alves, sendo também o mais distante da Capital a 700 Km de distância e seu acesso pode ser feito por via área e em alguns meses do ano por via terrestre em precárias condições.

Mâncio Lima conta ainda com o Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) que é o quarto maior parque nacional do país, possuindo uma área de aproximadamente 843.000 há. (...)

O município de Mâncio Lima possui três reservas indígenas: a dos Poyanawas que possui uma população de 403 pessoas, a língua falada é o Pano e sua extensão por hectares é de 21.214 a situação jurídica da mesma é declarada; os Nukinis possuem um população de 425 pessoas, a língua falada também é o Pano a sua extensão por hectares é de 27.264 e sua situação jurídica já está registrada; os Nauas, estão passando por um processo de reconhecimento, já foi realizado um estudo por uma antropóloga e o processo está sendo estudado, até então os mesmos não são reconhecidos como índios Nauas. (...)

A última contagem populacional realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico – IBGE mostra em Mâncio Lima uma população de 13.753 habitantes residentes na área do município. (...)

O município de Mâncio Lima desde os seus primórdios é agrícola. Tendo como cultura a mandioca, milho, arroz e feijão..., com grande escala das áreas exploradas (beneficiada), com a mandioca onde predomina a produção de farinha.

A sede do município é atendida com energia elétrica, de fornecimento contínuo e telefonia fixa e móvel. O município tem um potencial muito grande para o artesanato local, sendo ainda deficiente por não contar de um apoio mais aprofundado nesta área. (...)

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Pensei, novamente, no lema de meu velho amigo – Gen Ex Joaquim Silva e Luna – e parti para a ofensiva. Contatei empresários e autoridades locais de modo a viabilizar a vinda dos caiaques e da voadeira e o fornecimento de combustível para a equipe de apoio. Só depois resolvi falar com o General Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante Militar da Amazônia (CMA), e o General de Divisão Jorge Ernesto Pinto Fraxe, Diretor do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT). Felizmente a experiência, patriotismo e boa vontade destes dois grandes Generais, modelos de liderança de nossa querida Força Terrestre, afastaram de vez as brumas que toldavam o horizonte e pouco a pouco pude vislumbrar a “Terceira Margem”.

-  Terceira Margem!
    (6 de dezembro de 2012)

Nas tuas águas afogo meus desesperares, meus desencantos, meus amores sofridos. No aconchegante embalo de tuas ondas encontrei forças para perseverar e enfrentar minhas angústias e meu desânimo. Tua imensidão me abraça e conforta, tuas tranquilas águas me acalmam e me aproximam da Terceira Margem. Tuas águas revoltas mostram a rota da humildade que devo seguir e a névoa que te cobre nas manhãs de inverno trazem sinais de esperança nos horizontes que aos poucos se revelam. (Hiram Reis e Silva)

Os amantes das águas entenderão, certamente, minhas palavras. Aqueles que as enfrentaram na tormenta ou sobre elas deslizaram na calmaria sabem o quanto elas podem nos ensinar. Busquei forças nelas para dar continuidade a meu desafio, para não esmorecer, pois acredito na minha missão “auto-imposta” de mostrar a realidade amazônica sem a visão distorcida dos pesquisadores, ambientalistas, indigenistas e outros tantos teóricos de laboratório.

-  8ºBatalhão de Engenharia de Construção (8 º BEC)
    (7 de dezembro de 2012)

Há mais de dois anos, o 8º BEC tem apoiado o Projeto Desafiando o Rio-mar. Desta feita o Tenente-Coronel Sérgio Henrique Codelo além de transportar e colocar à disposição uma voadeira de apoio permitiu que dois membros de seu Grupo Fluvial participassem da Expedição. Às 13h30, de 7 de dezembro, desembarcaram em Cruzeiro do Sul os valorosos nautas Mário Elder Guimarães Marinho e Marçal Washington Barbosa Santos. Já comentei em artigo as qualidades destes dois combatentes por isso, para abreviar o presente artigo, vou apenas disponibilizar o link para aqueles que não ainda não o leram:

-  Ponte da União

A cidade tem diversos pontos turísticos, mas o que mais nos chamou a atenção foi a Ponte da União. A ponte estaiada do Juruá é maior ponte do Acre, com 550 metros de extensão e foi construída com recursos dos Governos Estadual e Federal. Tendo em vista o Alto Juruá fazer parte de uma região com alto índice de sismos a ponte é a única no Brasil que possui uma estrutura preparada para suportar este abalos. A iluminação da ponte, projetada pela arquiteta Jamile Torman, é refletida magicamente nas águas do Rio Juruá. A bandeira do Acre fixada no marque central de 70 metros de altura também recebeu uma iluminação especial.

O Rio Juruá adornado por esta joia da engenharia ficou mais belo ainda encantando a todos com suas águas revoltas, tortuosas e tumultuárias que fluem vigorosamente para a margem direita do Solimões.

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